Meadora acordou sem saber
por quanto tempo dormiu. O coração apertado; a boca salgada ainda guardava o
gostinho do mar e sua pele brilhava, coberta por cristais de sal. Planejava
tomar um banho de rio, mas quando saiu da caverna avistou muita fumaça no céu e
soube na hora de onde vinha. Correu o mais que pode! Seus pés, que ainda
estavam feridos de tanto ir e vir, cambaleavam e por algumas vezes Meadora
quase caiu. Chegou à praia e não conseguia acreditar no que seus olhos viram: quilômetros
de mar congelado! No lugar da antiga areia existia um recuo de neve e cinzas.
Dna. Quitéria (a antiga moradora) completamente aflita, as mãos queimadas de
suas varias tentativas de fazer fogo e impedir que tudo esfriasse. Meadora
temeu por Ele! Ela escalou a barreira de neve e caminhou por cima das águas
duras e gélidas. Olhou para baixo e localizou o que ela imaginou ser o coração
daquela fundição. Tirou as roupas, os pelos, a pele e completamente nua
deitou-se sobre o mar. Seu coração era quente e sem ressentimentos, grande e
forte! Meadora penetrou sutilmente os dedos das mãos e dos pés no gelo. Encostou
seu ventre, sua boca, seus seios, seu coração naquelas águas. Sussurrou
baixinho "não tenha medo, eu vou ficar aqui com você até tudo
clarear!" Não importava o passado ou o futuro, Meadora conhecia bem o próprio destino e aceitava sua missão. Ei Barqueiro, você não sabe amar? Não se preocupe:
Meadora não nasceu para ser amada!
"Não tema, não
não há problema, não
se você quiser, eu vou praí
tudo pra fazer você feliz."
"Não tema, não
não há problema, não
se você quiser, eu vou praí
tudo pra fazer você feliz."
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