domingo, 20 de junho de 2010

A Festa do Boi e de Algumas Bestas

A história é mais ou menos assim:
- Em uma fazenda do interior do Maranhão eram criados muitos animais, dentre eles o predileto do dono, o boi Bumbá.
Lá trabalhava Negro Francisco, casado com Negra Catirina que estava grávida.
Certo dia, durante uma festa, a Negra teve um desejo incontrolável de comer a língua de Bumbá. Francisco, com medo que seu filho nascesse fraco, sumiu com o boi e cortou-lhe a língua, atendendo à vontade de Catirina.
O dono do boi, depois de muito procurar por Bumbá, o encontra morto. Todos se lembram do desejo de Catirina e o fazendeiro ordena aos índios da propriedade que saiam à caça de Francisco.
O Negro, assustado, entra na floresta e encontra um Pajé que resolve ajudá-lo. Por meio de um encanto, o índio curandeiro devolve a vida ao majestoso boi que ganha uma festa ainda mais grandiosa, desde então, comemorada anualmente.

Aqui em São Paulo, mais  especificamente no Morro do Querosene, Butantã, essa festa é representada em três partes: (re) nascimento, batismo e morte.
Eu não sou da comunidade nem do grupo Cupuaçu, que organiza a manifestação, mas fico completamente emocionada e encantada com a festa.
Minha viagem é a representação folclórica de todas as fases de tudo o que acontece na nossa vida, um ciclo em constante movimento.
Ontem (19/06/2010) foi o batizado do Dançarino das Ladeiras (nome que o boi recebeu este ano) e eu também me dei um novo nome e me reapresentei a Deus.
Mas claro que entre cirandas, cocos, maracatus e a dança do boi tinham as bestas, ou melhor OS BESTAS.
Acreditam que perto do fim da festa dez caras bateram em um rapaz até ele desmaiar?!
O que justifica a agressão?
Que porcaria de mundo é esse em que uma trupe de feras agride uma pessoa até deixá-la sem consciência?
Fiquemos com as lembranças bonitas e mágicas desta festa e falemos da ignorância do bicho homem em outro post.

Meu Adorável Silêncio

De tempo em tempo, toda pessoa que é agitada e faladeira como eu precisa se calar.
Mas como explicar ao mundo esse momento intro?
Preciso mesmo gastar a saliva, o tempo, as idéias, estragar essa ocasião sendo que tudo que quero é passar discretamente?
Até meu respirar deve ser baixinho...
Se quiser saber, não suponha: pergunte, mas por favor, aceite um possível não.
Não é tristeza, é paz
Não estou perdida, estou me reencontrando
Quero entrar no quarto e ficar só comigo.
Quero escrever, desenhar, cantar, reorganizar.
Reorganizar meus sentimentos, meus filmes, minhas gavetas, meus pensamentos...
Quero olhar o mapa e rever a rota.
Todo dia é dia de aprender
Todo dia é dia de mudar.
Mudou muito, da energia emanada ao apetite que anda retraído...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Adeus

Por que escrevo?
Hoje escrevo porque me despeço, porque agradeço tudo o que foi bom.
Exorcizo esse sentimento, não prometo ser pra sempre, mas pelo tempo que mereço me ver livre deste amor.
Escrevo pra você, meu vício predileto, meu paraíso liberto, meu brinquedo sério, minha energia diferente.
Meu, todo meu!
Mas aprendi que o que amo deixo livre, porque não se vende carinho em caixinhas tetrapak e se vender eu não compro.
Amor não é aprisionado é conquistado e sempre achei que os pássaros ficam lindos fora da gaiola.
Vai voar, eu também vou.
Levo na boca o seu gosto quente e em meu nariz o cheiro do fumo de palha que apagou.
Meu menininho
Meu amante
Meu segredo
Adeus...
Com Deus
Sem dor
Eu me despeço e te entrego
Você é seu
Porque não tem dono o amor. 

Cobertor

Queria dizer que não te sinto, mas sinto e muito
Já sinto sua falta!
Queria dizer que você não é homem, não meu homem, mas e daí?
Tão pouco eu sou sua mulher.
Mas fui
Fui inteira, em todas as horas e a cada segundo que ao seu lado sempre parou.
Queria saber em quem você pensa, mas eu penso que já sei.
Você pensa?
Eu prefiro que sinta.
Que sinta a minha ausência, o perfume das minhas roupas, o cheiro do meu cabelo no seu travesseiro e que abrace mais uma vez o seu cobertor.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Faça o que tem de fazer AGORA!

Eu tenho uma teoria simples que se aplica pra leitura, escrita e diversas situações não concluídas: não estava pronto!
Sabe aquele filme que você só pega da metade? Aquele livro que não sai da página 30? E aquela carta que nunca conseguiu terminar?
Minha sugestão?  Volte a fita e as folhas um pouco, tem algo antes que você precisa assimilar pra poder seguir em frente.
Não estou dizendo que devemos aceitar que não rolou e sim que devemos perceber o “porquê” e concertar!
Aja rápido, antes que a vida lhe ordene que faça o que tem de fazer agora!
Pare de empurrar com a barriga: se é pra terminar tenha culhão e faça; se é pra pedir escolha o momento e peça; se é pra discutir só termine quando resolvido!
Eu particularmente tendo a sofrer por antecedência, não sei esperar e quando ha algo que parece me bloquear vira logo o foco, torna-se meu objetivo entender, estudar e transpor, só assim volto a comer e a dormir bem!
Tem muita coisa acontecendo agora, é um momento de reforma e construção frenética na minha vida...
Crescer não é fácil (tudo bem, ninguém disse que seria), trabalhar, estudar, namorar, sair com os amigos, comprar comida, lavar roupa, assumir falhas, reparar erros...
São várias matérias e dá um frio na barriga...
To conseguindo!
O importante é não ficar esperando muito da vida e sim, fazer acontecer; Se abrir para os bons momentos e aproveitar todas as oportunidades.
Se abrir para os bons momentos...
Abra os olhos!
A vida é cheia de oportunidades, vamos combinar o seguinte: Nada de desperdiçá-las.
Se me dão licença, preciso agir agora!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sempre Sim


Não quero dosar o que sinto
Não sei
Não quero saber
Não ouse tentar
Não quero controlar as palavras
Quero falar na hora, sem esperar
Quero beijar agora
Não quero mel no conta-gotas
Não sei ser morna, sou intensa, pegando fogo, até as últimas conseqüências e até o fim
Tem fim?
Tem sim.
Minha mãe diz que não há coisa que eu diga que eu não faça... É verdade
É defeito?
Não quero tudo do meu jeito, quero apenas ser do jeito que sou
Não quero dizer não
Eu sou assim
Sempre sim
O medo não combina comigo, nunca me vestiu bem
Sou pele de onça, sou a própria onça
Não tenho que esconder
Não há o que não mostrar
Ou há?
Sempre sim, sempre há
Também não dá pra rasgar o véu
Eu sei
Mas tenho vontade de rasgar o peito e mostrar a cor do que incendeia
Também... Eu não sei expressar tudo
Longe de mim engolir o mundo, quero saborear
Amar a tudo
Só amar
Sempre Eu
Sempre Sim