quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dias de chuva, dias de sol

Desculpa...
É que tem dias que sou de sol e tem dias que sou de chuva
Tem horas que sou de guerra e horas que sou de paz
Sou mutante, filha do vento, da flecha do Pai.
Sou força viva e intensa do raio, sou amor
Sou quem sou!
Tem coisa que passa, tem coisa que volta
Tem coisa que muda e coisa que cria raiz
Sou flor!
De cheiro bom, de cabo de espinho.
Fico pensando na vida
Fico pensando no meu caminho
Planto, rego, adubo e espero!
Espero que as forças do Tempo façam crescer e florir
E espero que as forças do arco-íris venham colorir.



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Histórias de Meadora: as luzes de Meadora


Quando Meadora nasceu ela brilhava muito, reluzia feito ouro exposto ao sol!
Os olhos pareciam um par de brilhantes...
Meadora cresceu e tanta coisa aconteceu, parece que aos poucos o brilho de Meadora se apagou.
Não se sabe ao certo se foi Meadora que o perdeu ou se o mundo o desgastou, o fato é que ela não é mais carismática e cativante como antes.
Se sentia sozinha e já não tinha mais vontade de socializar, a inveja surgira e a tristeza tomou seu coração.
 
Comia, bebia e se vestia, tudo por obrigação.
Meadora tinha agora duas companheiras para ficar com ela no escuro: a loucura e a solidão. 


(escrito ao som de So Broken - Bjork)

Histórias de Meadora: a fonte dos desejos

Parada, paralisada, lembrando-se da imensidão do azul, Meadora tem mil perguntas, quem as responde?
Fecha as mãos em frente ao rosto e se questiona "o que desejar"?

Meadora quer ter forças para seguir
Meadora quer ter coragem para realizar
Onde é a fonte, que fogo é esse que jorra, donde brota esta vontade que entranha na carne sem consultar?
Lindo, azul é música pra olhar!
Meadora sussurra algo bem baixinho (pra quase ninguém ouvir), abre as mãos e deixa uma moeda cair...
Que foi pedido?
Fim

(escrito ao som de Instante de Dois - Cibelle)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Histórias de Meadora: semestre



Um semestre se passou, Meadora não sumiu, mas mudou...

Tem andando por lugares estranhamente conhecidos, precisando de tempo e anonimato pra se mostrar. 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pela mão o que te pertence

para o Théo, com muito amor e carinho... Obrigada!

Andei brigando com meu sangue, renegando companhia que é minha e não me deixa.
Amigo meu disse dia desses: "pega pela mão o que é teu e carrega sem peso o que te pertence".
Desconstruindo para reconstruir, o processo é solitário e sobe contra a corrente.
Não tem mais dó, porque não tem mais dor, as coisas são como devem ser e assim segue a vida da gente.
Não rejeito mais as partes, que aos poucos dão forma ao todo.
Os astros alertaram e eu me preparo, tudo me fortalece e assim posso olhar meu espelho sem medo, porque enxergo o que quero agora que me vejo.
Azul fez bem pra mim, mas quase matou meu vermelho que agora recebe um sopro de vento e reascende brasa pra colorir de fogo meus desejos.


(escrito ao som de Walk On The Wild Side - Lou Reed)


Histórias de Meadora: sapos e cás'parede

Meadora anda doente, mas ninguém notou.
Eu reparei que ela engordou muito e anda murmurando por horas a fio para o vento.
Acho que o ganho de peso é consequência de sua dieta recente, composta por sapos, rãs, pererecas e as vezes umas cobras e lagartos que os outros soltam e para não retrucar Meadora engole a seco.
As palavras tem cada dia mais dificuldade para sair e Meadora tem cada vez menos vontade de falar, quando muito sufocada Meadora escreve, chora, fala para o teto, portas ou na maioria das vezes desabafa com as paredes.
Sem resposta alguma Meadora que tem aparência de pedra polida, mas é delicada feito flor, murcha aos poucos e dorme muito no desejo desesperado de acordar deste pesadelo.