domingo, 11 de abril de 2010

And the winner is ... Sandra Onori!


Muito mais que andar e falar, mamãe (e papai claro, mas este fica para outro post) é dona do papel principal da minha vida, pois seu "personagem" me ensinou a sentir e se entregar.

Realmente, ela não é muito fã dos livros de receita (mas cozinha muito bem) e nem é uma daquelas “donas” que bordam e fazem biscuit (isso também é o de menos), mas tenho lembranças de momentos únicos e que só aumentam a cada dia.

Um hábito que sempre tivemos foi o de assistir filmes juntas e isso ajudou a construir parte de minha personalidade “dramática” e esse senso crítico tão notório em nossa casa.

Vivenciei milhares de experiências, lágrimas de compaixão e de tanto rir, tudo sem sequer sair do seu colinho quente.

Hoje tive um momento nostálgico e resolvi recorrer a outro costume entranhado neste DNA: rever filmes, o escolhido “Tomates Verdes Fritos”.
Este dispensa comentários, apenas assistam a história do livro que virou filme. O engraçado é que o nosso nariz começa a fungar na mesma hora então o momento emocionante acaba em risadas quando nossos olhos encharcados se encontram.
De todos que já vimos (e não foram poucos) me vieram de imediato Monty Python - Em busca do Cálice Sagrado, A Cor Púrpura, O Jovem Frankenstein e o já mencionado Tomates Verdes Fritos.

Mamãe é uma mulher bem intensa, que se entrega há suas emoções e não tem vergonha de exprimir seus sentimentos e nisso somos iguais!

Muito mais que ler ou escrever, Sandra me instruiu a amar e os filmes que compartilhamos serão eternas lousas de todo este curso, serão como exemplos ilustrados, história e histórias pra ensinar, envolver e entreter.

Dividimos também um gosto musical parecidíssimo que vai de Elis Regina a banda Phoenix e claro o prazer por nossa eventual cervejinha.

Serei sempre sua aluna rebelde, mas aplicada; fã incondicional e totalmente agradecida por me mostrar as coisas boas e necessáriamente as feias da vida.

S.E.

Biloka

EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO - MONTY PYTHON (1975)


A COR PÚRPURA - STEVEN SPIELBERG (1985)



O JOVEM FRANKENSTEIN - MEL BROOKS (1974)



TOMATES VERDES FRITOS – JON AVNET (1991)




sexta-feira, 9 de abril de 2010

Farinha


Elas são tão diferentes e tão iguais
Uma não pode reparar na outra porque o mesmo faz.
Choronas e geniosas
Impulso e controle numa mistura nada harmoniosa

Donas de sorrisos radiantes,
Em suas faces travessas cercadas por jubas aneladas,
Moram olhos sedentos e brilhantes!
Elas são cheias de força e fricote
E disso não há quem discorde.

Tão diferentes e iguais...
Já são mulheres, ou serão eternas meninas?

Elas são do mesmo saco!
Elas moram no mesmo prato!
Se amam, é confete
Se felizes, serpentina
Quando só, três grãos
Quando juntas, muita farinha.

Nega

inspirado em Teresa de Manuel Bandeira (1886-1968)

Olho com asco,
Que Nega grande e feia
A boca cheia de dentes e braços gordos feito um gorila

Olho novamente,
E Nega é de um sorriso largo, oceano de ternura, de braços feitos pro abraço
Sobre ela eu me deito e sutilmente me desfaço

Olhos tristes, onde está a Nega?
E a barraca da tapioca se silencia, a manteiga de vidro nem era tão saborosa
Sedentos e chorosos, todos imploram “Nega, volta!”

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Leona, perfeitamente mortal


Sem lambe-lambe barato, a três meses “Leona” entrou na lista das mulheres que admiro.
Adoro ler seu blog e ver em suas palavras que somos todos um bando de pirados e que isso é perfeitamente normal.
Ela é toda divertida e cheia de frases e atitudes que me inspiram a projetar e batalhar por algo mais diariamente.
Outro dia ela disse uma que em breve vai virar post, sua exclamação se tornou o título “Sente a bunda e escreva AGORA!” (risos), tem também conselhos profissionais na linha Longo “feedback é um presente, na hora você agradece e sorri só em casa você analisa se gostou, servindo use, do contrário deixa na gaveta que uma hora sempre arrumamos um destino”.
No alto de seus loiros e prováveis 1,80m meio russa e meio italiana: brasileiríssima, ela é super mortal.


Uma dona elegante que também tem dificuldades pra encontrar um simples travesseiro; que lamenta o fim da linha do refrigerante predileto; que tem transtornos obsessivos compulsivos e sabe que papel higiênico tem lado certo; toma um porre vez ou outra e também faz umas fugas da “dieta”; capaz de adestrar um gato, cuidar de um apartamento e de uma casa com mais de trinta moradores malucos e claro, ter uma vida pessoal afinal ela merece.
Na boa? Leona é o bicho!