Enquanto Meadora estava deitada em vigília sobre o gelo o
mundo continuou a girar. Do seu “posto”, ela escutava conversas ao redor,
histórias sobre o mar e seus encantos. Lendas das criaturas que habitavam o oceano, sobre o Barqueiro e pescadores... Meadora escutou um
barulho alto, sentiu um frio ainda maior lamber sua pele e subir por sua
espinha: do céu brotou um furacão! Ela
olhou para as margens querendo ver se Dna. Quitéria estava em segurança e então
se deparou com a grandeza daquele ser de vento que engolia a neve e as cinzas,
como quem ara o solo preparando para o próximo semeio. O danado era tão forte e
intenso que rachou o congelado das águas no momento que as atingiu. Seguiu na
direção de onde Meadora se segurava e a puxou com força. Ela fechou os olhos por um
segundo, então os abriu novamente, beijou o mar e se soltou. Entendeu que não
havia como(pra que) resistir, lutar contra a determinação do Tempo, do destino, do (não)querer... De
olhos bem abertos, o mais que pode, ela se despediu e assistiu mais uma
transformação do local. Meadora foi sugada para dentro do ciclone que
torceu, virou e revirou todo seu corpo, até que num suspiro ela se entregou e explodiu!
O furacão tingiu-se do vermelho sangue de Meadora e partiu em tempestade, para trovejar em outro lugar...
"Tempestade, vendaval (emocional)
Tem piedade de quem..."
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