domingo, 6 de outubro de 2013

Histórias de Meadora: furacão vermelho

Enquanto Meadora estava deitada em vigília sobre o gelo o mundo continuou a girar. Do seu “posto”, ela escutava conversas ao redor, histórias sobre o mar e seus encantos. Lendas das criaturas que habitavam o oceano, sobre o Barqueiro e pescadores... Meadora escutou um barulho alto, sentiu um frio ainda maior lamber sua pele e subir por sua espinha: do céu brotou um furacão! Ela olhou para as margens querendo ver se Dna. Quitéria estava em segurança e então se deparou com a grandeza daquele ser de vento que engolia a neve e as cinzas, como quem ara o solo preparando para o próximo semeio. O danado era tão forte e intenso que rachou o congelado das águas no momento que as atingiu. Seguiu na direção de onde Meadora se segurava e a puxou com força. Ela fechou os olhos por um segundo, então os abriu novamente, beijou o mar e se soltou. Entendeu que não havia como(pra que) resistir, lutar contra a determinação do Tempo, do destino, do (não)querer... De olhos bem abertos, o mais que pode, ela se despediu e assistiu mais uma transformação do local. Meadora foi sugada para dentro do ciclone que torceu, virou e revirou todo seu corpo, até que num suspiro ela se entregou e explodiu! O furacão tingiu-se do vermelho sangue de Meadora e partiu em tempestade, para trovejar em outro lugar...

"Tempestade, vendaval (emocional)
Tem piedade de quem..."

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