segunda-feira, 29 de setembro de 2014
Desmodium adscendens
Ela
havia corrido toda a Augusta debaixo de chuva pra pegar aquele ônibus, mas não
deu! Entrou na loja pra se proteger das gotas pesadas. Assustou-se! Nunca havia
notado aquele lugar com cara de venda de artigos místicos. Do escuro que
provinha dos fundos, logo depois de um extenso balcão uma voz pronunciou seu
nome. Ela ficou completamente arrepiada, poucos se referiam a ela assim... Atendeu ao chamado e uma senhora aguardava sentada. Luz de vela,
frasco pequeno de vidro nas mãos. A velha disse que há tempos que a esperava e
que tinha um presente pra jovem moça recém-aniversariada. Um bilhete
acompanhava o vidrinho, instruindo quatro gotas na caixa d’água e no filtro de
casa. A garota saiu em silêncio, lá fora um sol imenso brilhava e ela preferiu
abrir mão dos óculos escuros. Chegou em casa e sentou estática. Levantou num
ímpeto, decidida e finalmente deletou todos os seus lamentos, desfez o altar que
tinha em devoção aos outros tempos, pegou as caixas de nomes engraçados e
queimou na chama renovadora as cartas e seus sentimentos. Agora sim, novos
momentos!
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