segunda-feira, 22 de julho de 2013

Histórias de Meadora: vulcões e silêncio

"As revoluções, como os vulcões, têm os seus dias de chamas e seus anos de fumaça" - Victor Hugo


Meadora sempre gostou da chuva, de dormir escutando o barulho das gotas e do vento empurrando a janela. Como se desejassem molhar seu corpo e rosto num namoro gostoso e fresquinho. O aguaceiro de hoje foi especialmente prazeroso, pois ela precisava sentir as forças da natureza acalmando os seus vulcões. Engraçado como essa lava nunca seca, como esses calores nunca passam, adormecem temporariamente e logo tornam a jorrar. Dói quando a espuma quente toca o chão. O solo se parte, cortando a carne da montanha, que sofre. A terra treme e a boca do vulcão cospe cinzas, todos correm para se abrigar. Quando tudo termina e volta à calmaria é possível ver a transformação que tanta intensidade causou. Se você estiver lá, poderá ver como tudo está em constante mutação. Mas que banca ficar? Quem aguenta as tempestades, as marés altas e baixas, quem sustenta o amor, quem tem disposição de adubar o solo, quem tem o dom de aguar... Quem fica até o final? Quem viu quem era Meadora e quem terá o prazer de estar por perto e acompanhar? Meadora fecha os olhos desejando não chorar, mas é inevitável. Por mais que carregue um sorriso constante nos lábios, mesmo não se queixando de tudo e para todos, Meadora também passa por turbulências. Ela também tem seus conflitos, suas dores e (des)amores. Quem quer saber? Quem deseja ouvir? Quem quer ler? Porque visitar aqui e nada dizer? É dolorido. É solitário. É como sempre. Silêncio... Se é assim fiquem com os de vocês daí e por aqui ficam os de Meadora e os meus.

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