sexta-feira, 7 de junho de 2013

Histórias de Meadora: a viagem (parte II)

Há horas que estavam navegando dentro do mar, Meadora olhava tudo admirada e nem notava o tempo passar!
Ouvia as histórias com carinho e atenção, se sentia privilegiada e merecedora!
Cada coral, cada peixe, tudo tinha uma razão de estar onde estava... De repente, Meadora reparou que sua mochila estava aberta e, de um dos bolsos não revisados antes de sair de casa, sementes caíam. Ela nem pôde ver onde pousaram (se pousaram)! Teria semeado algo? Não importava, ela deixou assim mesmo, para que as águas decidissem o que deveria acontecer!
Novamente voltou sua atenção pro barqueiro e notou o brilho das estrelas do céu em seus olhos, as luzes rompiam a água escura e iluminavam o rosto dele...
Em alguns momentos Meadora sentiu que a paixão também escapou da velha bolsa; a amizade estava o tempo todo por ali. O amor ela não soube dizer se saiu numa dose tão pequena quanto imperceptível ou se foi tão discreto que nenhum deles observou! Não importava saber nada!
Estavam felizes, sei disso porque de onde o narrador se encontrava pôde ouvi-los rindo entre cócegas...
Aportaram algumas vezes e Meadora pôde sentir o toque seguro da areia em seus pés!
Olharam-se e dividiram também o silêncio. E foi no silêncio que Meadora percebeu: aquele momento estava para acabar. Ela só teve tempo de desejar que continuasse tudo bem e que pudesse retornar sempre para o mar! “Daqui você deve voltar só, lembra?” disse o barqueiro. E, com um piscar de olhos, Meadora seguiu de volta pro que dizem ser a realidade... Com um sorriso no rosto, ótimos momentos na memória e um leve aperto no coração.

(escrito ao som de Beauty On The Fire - Natalie Imbruglia) 

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