Meadora queria não culpá-lo, mas culpava! Queria não sentir
raiva, ódio, mas odiava. Queria não sentir amor, mas era difícil, pois amava!
Há dias as roupas estavam dobradas frente à gaveta, faltava coragem para abrir e guardá-las. Sabia que o cheiro dele escaparia e dançaria pelo quarto, pela casa.
Há dias as roupas estavam dobradas frente à gaveta, faltava coragem para abrir e guardá-las. Sabia que o cheiro dele escaparia e dançaria pelo quarto, pela casa.
Criou coragem, respirou fundo e meteu a mão na maçaneta. As
lágrimas começaram a rolar instantaneamente, grossas, pesadas, doídas,
sofridas...
Pegou a camiseta que deu a ele de presente no último aniversário e cheirou, abraçou, chorou... As meias, a regata comprada na viagem mais recente... “As coisas já não estavam bem” pensou Meadora.
Pegou a camiseta que deu a ele de presente no último aniversário e cheirou, abraçou, chorou... As meias, a regata comprada na viagem mais recente... “As coisas já não estavam bem” pensou Meadora.
Lembrou-se dos beijos, sorrisos, carinhos... “Foi real?” se
questionava enquanto tentava dobrar tudo rapidamente.
“Confuso! E quando foi que teve alguma certeza sobre mim, sobre nós?!” agora era a raiva que gritava e tornava os movimentos bruscos.
Antes de fechar as lembranças novamente pegou o desodorante da penteadeira e recordou-se de como ficava bem na pele dele... Colocou lá dentro e num suspiro longo e cortado por soluços de quem tenta silenciar lamentos trancou tudo.
Disse a si mesma que desejava nunca mais amar, reclamou que era doído, que não queria mais sofrimentos, se imaginou quebrando a casa, a guitarra, o armário... Pobre menina! Tentava se enganar, mas no fundo sabia que era o amor que a movia.
Resolveu então voltar a suas tarefas e fingir que essa parte do domingo não aconteceu.
“Confuso! E quando foi que teve alguma certeza sobre mim, sobre nós?!” agora era a raiva que gritava e tornava os movimentos bruscos.
Antes de fechar as lembranças novamente pegou o desodorante da penteadeira e recordou-se de como ficava bem na pele dele... Colocou lá dentro e num suspiro longo e cortado por soluços de quem tenta silenciar lamentos trancou tudo.
Disse a si mesma que desejava nunca mais amar, reclamou que era doído, que não queria mais sofrimentos, se imaginou quebrando a casa, a guitarra, o armário... Pobre menina! Tentava se enganar, mas no fundo sabia que era o amor que a movia.
Resolveu então voltar a suas tarefas e fingir que essa parte do domingo não aconteceu.
Meadora tinha uma fé de escalar montanhas, confiava
cegamente nos planos Dele em sua vida e sabia que tudo ia se ajeitar, “hora ou
outra tudo vai para o seu lugar” pensou esboçando um sorrisinho no canto dos
lábios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá,
Obrigada por sua visita, antes de concluir seu comentário verifique se o formulário foi preenchido corretamente.