Queria ter coragem de dizer
Não posso ter
Falar teu nome
"Rrio"
Assim, com érre dobrado
Como diria minha avó
Que diria sorrindo
Queria ter a coragem de minhas avós
Que diriam sorrindo
Assim, teu nome
Eu te procuro em sonhos
Abraço apertado meus travesseiros
Ilusão de ser você
Recordo seu beijo
Diria a letra do Poeta
Ele diria sorrindo
"Foi um rio que passou em minha vida"
O Cangote
pensamento, sensação, emoção, expressão... inventando liberdade!
sexta-feira, 20 de abril de 2018
sexta-feira, 16 de março de 2018
varrendo o lar
"A minha Casa é guardiã do meu corpo
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
A uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência?"
Hilda Hilst
Nem bem retornou
Não crusou o capacho, mas já me coloquei ali
Na porta a esperar por uma chegada que não vem
A seguir, mas em espera
Tempo que não veio e não virá
Você é fiel a si e suas vontades
Evidentemente não sou uma Delas
Nem quero ser
mais um enfeite na sua cama
Esperando que você entre e bagunce tudo
Coisas que ainda nem terminei de arrumar
Ainda garoa por aqui
Por baixo da terra, mesmo no sol corre um rio
Tola, eu mesma assopro a brasa
Fico cega da fumaça que criei
Pra poder não te enxergar
De olhos vermelhos
Paixão, lágrimas, fogo
Me vejo no espelho e ainda que te deseje
Que cada parte do meu corpo conheça o teu nome
É pelo meu que devo viver
É pra mim que devo sorrir
É a mim mesma que escolho amar!
E protetora de todas minhas ardências.
E transmuta em palavra
Paixão e veemência
E minha boca se faz fonte de prata
Ainda que eu grite à Casa que só existo
Para sorver a água da tua boca.
A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
A uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta
Por que recusas amor e permanência?"
Hilda Hilst
Nem bem retornou
Não crusou o capacho, mas já me coloquei ali
Na porta a esperar por uma chegada que não vem
A seguir, mas em espera
Tempo que não veio e não virá
Você é fiel a si e suas vontades
Evidentemente não sou uma Delas
Nem quero ser
mais um enfeite na sua cama
Esperando que você entre e bagunce tudo
Coisas que ainda nem terminei de arrumar
Ainda garoa por aqui
Por baixo da terra, mesmo no sol corre um rio
Tola, eu mesma assopro a brasa
Fico cega da fumaça que criei
Pra poder não te enxergar
De olhos vermelhos
Paixão, lágrimas, fogo
Me vejo no espelho e ainda que te deseje
Que cada parte do meu corpo conheça o teu nome
É pelo meu que devo viver
É pra mim que devo sorrir
É a mim mesma que escolho amar!
Querência
A minha ausência tem nome
Esse buraco se chama inexistência
Nossas faltas diferem
Parte de mim sente a ausência do gozo compartilhado
Parte chora a cia que não teve
Vontade do porre de pinga
Do vômito
Sim, das escatológias que só a intimidade apresenta
Dos cheiros ruins
Não dá louça acumulada de batons distintos,
Mas dos relatos que são quase inaudíveis
Por ser segredo
Vontade da troca de individualidade
Eu deitada na rede
Você se planejando na cadeira
De te comer sem ânsia,
Sem pressa
Te degustar na paz de quem não teme
Por fim lamento que seu desejo se resuma em partes peludas
Enquanto o meu anseia pela leveza de dias e besteiras
Querencia
Esse buraco se chama inexistência
Nossas faltas diferem
Parte de mim sente a ausência do gozo compartilhado
Parte chora a cia que não teve
Vontade do porre de pinga
Do vômito
Sim, das escatológias que só a intimidade apresenta
Dos cheiros ruins
Não dá louça acumulada de batons distintos,
Mas dos relatos que são quase inaudíveis
Por ser segredo
Vontade da troca de individualidade
Eu deitada na rede
Você se planejando na cadeira
De te comer sem ânsia,
Sem pressa
Te degustar na paz de quem não teme
Por fim lamento que seu desejo se resuma em partes peludas
Enquanto o meu anseia pela leveza de dias e besteiras
Querencia
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
peito com fome | punho fechado
Joguei pro universo a promessa
não te darei mais nada!
Logo eu que não faço questão de cumprir palavra de desamor...
Ficou guardada em mim a paixão
A história que as cartas ciganas contaram
Que o nosso medo não realizou
Nos enganamos?
Tantas vezes me desarmei pra te encontrar
e foram poucas
Você sempre com a lança na mão
Nos olhos
Nos dentes
Na alma
Crianças!
de peito com fome
dos punhos fechados
Memória gravada em pedra
O sexo que não fizemos
A água fria da cachoeira que não nos banhou
Ainda tremo andando nas ruas
quando na esquina cruzo com o menino que provoca arrepio
Trás na boca um sorriso largo e vadio
Na barba a cor do fogo
A sua cor
não te darei mais nada!
Logo eu que não faço questão de cumprir palavra de desamor...
Ficou guardada em mim a paixão
A história que as cartas ciganas contaram
Que o nosso medo não realizou
Nos enganamos?
Tantas vezes me desarmei pra te encontrar
e foram poucas
Você sempre com a lança na mão
Nos olhos
Nos dentes
Na alma
Crianças!
de peito com fome
dos punhos fechados
Memória gravada em pedra
O sexo que não fizemos
A água fria da cachoeira que não nos banhou
Ainda tremo andando nas ruas
quando na esquina cruzo com o menino que provoca arrepio
Trás na boca um sorriso largo e vadio
Na barba a cor do fogo
A sua cor
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
EU EU EU | muro de gente | quanto pesa 1kg de pena?
"É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática."
Paulo Freire
Quando a exceção vira a regra
tem algo errado!
Quando o contratempo se torna cotidiano
tem algo errado!
Eu não sou exemplo, referência de nada nem ninguém. Não quero ser!
Eu quero ser EU.
Eu quero acordar EU, tomar café EU, ir trabalhar EU, voltar pra casa EU e me esparramar EU MESMA.
Só
Ser
EU!
Todos os dias eu tenho certeza que terei trinta minutos de paz: meu despertador toca, eu desligo e fico deitada apenas sentindo como é ser de carne, osso, alma e sentimentos.
A partir do momento que eu coloco meu pé no tênis me torno Rinoceronte.
São camadas de escudo, mesmo que eu deseje ir apenas na padaria.
Preciso me defender dos olhares assediadores, dos pensamentos julgadores, das falas ácidas, das piadas maldosas, das ações irresponsáveis, preciso me proteger da revolta do racista por ver EU mulher negra andando pelas ruas sem uma corrente de metal na perna...
Imagino o quão delicioso é estar leve. Por que ser leve, EU sou!
(suspiro)
EU me esforço
Exercito
Consigo
Acerto
Falho
Humanx sabe?
Sabe?! - enfatizar
Não espero cem porcento, mas é frustrante quando vem nada...
Expectativa - riscar!
Tornar-se adulto é aprender que as coisas mais importantes da vida não são coisas e que provavelmente vai dar pra contar tudo numa única mão!
Mudar... Mudar...
Tem certeza que sou EU que preciso fazer isso?
Paulo Freire
Quando a exceção vira a regra
tem algo errado!
Quando o contratempo se torna cotidiano
tem algo errado!
Eu não sou exemplo, referência de nada nem ninguém. Não quero ser!
Eu quero ser EU.
Eu quero acordar EU, tomar café EU, ir trabalhar EU, voltar pra casa EU e me esparramar EU MESMA.
Só
Ser
EU!
Todos os dias eu tenho certeza que terei trinta minutos de paz: meu despertador toca, eu desligo e fico deitada apenas sentindo como é ser de carne, osso, alma e sentimentos.
A partir do momento que eu coloco meu pé no tênis me torno Rinoceronte.
São camadas de escudo, mesmo que eu deseje ir apenas na padaria.
Preciso me defender dos olhares assediadores, dos pensamentos julgadores, das falas ácidas, das piadas maldosas, das ações irresponsáveis, preciso me proteger da revolta do racista por ver EU mulher negra andando pelas ruas sem uma corrente de metal na perna...
Imagino o quão delicioso é estar leve. Por que ser leve, EU sou!
(suspiro)
EU me esforço
Exercito
Consigo
Acerto
Falho
Humanx sabe?
Sabe?! - enfatizar
Não espero cem porcento, mas é frustrante quando vem nada...
Expectativa - riscar!
Tornar-se adulto é aprender que as coisas mais importantes da vida não são coisas e que provavelmente vai dar pra contar tudo numa única mão!
Mudar... Mudar...
Tem certeza que sou EU que preciso fazer isso?
sábado, 13 de janeiro de 2018
menos que tudo | meio de rua
Não quero te dar palavras
Palavras amor, dor
Palavras...
Não quero tocar o vazio
Trocar com o medo
Brincar de dueto sem par
Não quero me esconder
Na cama, no canto, no quarto...
Sou gargalhada alta
Mãos dadas na chuva
Beijo de língua no meio da rua
E menos que isso não me comporta
Menos é morte lenta
Menos não quero
Menos não dá
Eu sou mais
Quem vai pular?
Palavras amor, dor
Palavras...
Não quero tocar o vazio
Trocar com o medo
Brincar de dueto sem par
Não quero me esconder
Na cama, no canto, no quarto...
Sou gargalhada alta
Mãos dadas na chuva
Beijo de língua no meio da rua
E menos que isso não me comporta
Menos é morte lenta
Menos não quero
Menos não dá
Eu sou mais
Quem vai pular?
quarta-feira, 3 de janeiro de 2018
severa saudade
severa saudade consome
coisa que lateja
lugar sem nome
brota vão, espaço
que é completo e não falta
mas carece
tomada pelo braço
ponho-me a te escrever
que esse canto não dói
mas não demore
amanhã é dia que não nasceu
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