sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Marimar

perdão e gratidão

Marimar falou por duas horas ininterruptas, sem breque pra respiro, sem pausa de fusa ou semifusa, confusa, chorou! Mostrou no próprio corpo às marcas e feridas, os buracos feitos por ele e pela vida. Ele em silêncio, observou, olhos marejados (lágimas ou cansaço), mas ele permaneceu calado.

Fim do primeiro ato, mãos dadas atravessando a rua, eles param no posto frente a frente, os lábios dele tocam a testa dela e depois as temporas. A boca dele abre e fecha em três palavras, mas o coração fez muitos mais sem saber; 
Contou a Marimar que a amava, mesmo ela também sendo uma novela mexicana ambulante, que entendia a fraqueza que ela demonstrava naquele momento, mas que a força dele era pura sutileza, que ele luta e transmuta de outro jeito e que a quer do jeito que ela é.

Terceiro ato - Deitados horas depois, Marimar retribui o carinho, pede perdão bem baixinho e agradece por tudo que ele a ensinou e pelo que ainda vai ensinar.

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