domingo, 16 de fevereiro de 2014

Histórias de Meadora: redenção

Meadora girou o corpo ficando de bruços, os ouvidos captavam o som do ukulelê que dentro dela ganhava a forma de seus pensamentos mais profundos. Meadora tentou lutar contra as vozes que vinham de dentro, procurou não se entregar as imagens que sua mente produzia... Tudo em vão! Restou a ela se render e preservar o fio de vergonha na cara que lhe sobrara.
Chorou com gosto, afundou no colchão, mergulhou na própria mágoa, em seus ressentimentos, se entregou a tristeza que a abraçava e apenas se debulhou em lágrimas!
Não queria tentar explicar em palavras o que sentia, não queria correr o risco de se tornar vilã ou carrasco por ser vítima de sua própria emoção.
Não respondia nada, apenas chacoalhava a cabeça em movimento de negação. Negação, quantas vezes o destino lhe negou amor? E quantas vezes mais seriam assim? Ela não se arrependia de nada que havia feito, mas sentia muita dor ao recordar de determinadas conversas, palavras... Aquelas frases que o tempo não apagou nem transformou “amor é uma vez só na vida e o meu foi ela!”

E quanto a Meadora, será amada um dia?

“O que é um sonho ruim,
E o que é um sonho bom.
Que diferença? a vida é igual”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá,
Obrigada por sua visita, antes de concluir seu comentário verifique se o formulário foi preenchido corretamente.