terça-feira, 11 de outubro de 2011

Reflexões

Hoje acordei cedo e fui pra terapia, como de costume, havia dormido tarde na noite anterior e estas horas de cansaço que vem se acumulando com minha  nova rotina estão se tornando uma bomba relógio dentro de mim, pronta pra explodir.
Com sono estou cada vez mais impaciente e irritadiça, sensível e chorona.
Em resumo não ando me suportando! Isso somado ao fato de estar no meu inferno astral tem me feito desejar a solidão e ao mesmo tempo temê-la absurdamente...
Mas voltando para o assunto do início do post, acordei atrasada (mas cedo) e fui para a terapia de carona com uma amiga.
No caminho falei freneticamente tentando aborrecer o cansaço até ele me largar, por fim chegou à parte do caminho que eu faço sozinha e então a reflexão ressurgiu.
Um dia antes indo para o trabalho vi uma cena simples, mas pra mim, cheia de significados:
Uma moça adulta e perdida entra no ônibus e simplesmente não consegue compreender as informações do cobrador.
Cada vez mais confusa e irritada ela para na catraca e começa a falar com ele que continua tentando explicar que ela está na direção errada.
Há esta hora eu que entrei bem antes da nossa mocinha atrapalhada estava quase me levantando e desentalando a mula do lugar.
Eis que como eu previa no ponto seguinte sobe outra jovem (que deveria ter a mesma idade que eu) com seu bilhete único na mão.
Ao contrário do que eu faria a nova passageira simplesmente para e espera.
Ela não faz nenhuma careta, não respira fundo, não pede licença, não reclama: NADA! Simples e calmamente ela espera.
Enfim a confusa percebe que está atrapalhando e desempata a catraca.
A moça que permanece com a mesma expressão suave passa e se senta.
Aquilo me fez ver o quanto eu gasto minha energia com coisas pequenas, quantas vezes tudo que temos a fazer é simplesmente passar pelas coisas sem lhes dar importância e não é isso que fazemos!
Ela provavelmente não vai comentar com ninguém o ocorrido, ela não deve nem se lembrar que aquilo aconteceu.
Eu teria feito (e estou fazendo) um post.
Eu preciso separar melhor o que é meu do que não é, o que demanda e o que não necessita de minha atenção e energia e simplesmente esquecer o que passou pra viver bem e em paz.

Um comentário:

  1. amada, todos temos nossos dias iluminados, talvez o da fofa aí tenha sido este. e quer saber? tenho medo de quem é sempre iluminado. rsrs

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