quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Historias de Meadora: persistir sim, insistir jamais



Fez uma espuma danada na beira d'água e então o topo da cabeça de Meadora surgiu. Saiu lentamente, calculando cada passo. Sentia a primeira correnteza, aquela que um dia convidou Meadora a brincar segurando seus tornozelos - ou estaria imaginando coisas, tamanho era seu desejo?
Outra vez: não importava saber!
Meadora era determinada, mas tinha um grande medo: deixar de ser persistente e se tornar insistente! 
Antes que pudesse ser mal interpretada, nadou ate a praia (se é que um dia saiu de lá), deu um longo abraço na antiga moradora dali e seguiu seu caminho. 
Estava muito frio, sentia o vento lhe cortar os membros feito uma lamina afiada, continuou sem derramar sangue. No percurso encontrou o véu preto que usava quando chegou, permanecia intacto então Meadora o vestiu.
Escutou os uivos dos lobos... Leais animais que cantavam com Meadora em luto!
Ela não está desistindo, apenas dando ao oceano todo o espaço que ele necessita. 
Caso um dia aquelas águas desejem toca-la novamente conhecem bem o caminho. É só pegar carona numa nuvem...

“Essa dor eu não quero pra ninguém no mundo
Imagina só pra você
Quero é te ver
Dando volta no mundo indo atrás de você, sabe o quê
E rezando pra um dia você se encontrar...”


Um comentário:

  1. ...Só diga para que Meadora fique ao alcance, assim o Barqueiro pode ao menos tentar ajudar a limpar essas feridas...

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