Ela observava o pé de manga sem entender “Aqui sempre deu fruto, antes mesmo de eu nascer! Minha tata comia, minha bisa, primos e primas. Será que meu filho não provaria?”
Foi tanta chuva que caiu
Transbordou o leito do rio
O vento com imensa força soprou
Que arrancou todos os botões da árvore, não deixando uma flor
O fruto confuso, sem saber à que horas deveria nascer ou morrer
Receoso, resolve que talvez seja melhor nem aparecer...
Fica verde folha a copa de nossa árvore e no meio da tarde o canto desesperado dos passarinhos
Que assim como nós esperarão o ano todinho, mas desta vez não haverá nem sequer um fiapinho...